Os oito contos que compõem o livro Vidas Novas são narrativas de caráter realista que descrevem o regime da ditatura salazarista, produzidas entre junho e julho de 1962 dentro do Pavilhão Prisional da PIDE, em Luanda, nos contextos iniciais da guerra pela independência de Angola. De facto, durante o período da Segunda Guerra Mundial começa a formar-se um pensamento anti-colonial, porque muitos povos tinham experenciado o que foi a guerra contra o fascismo (uma opressao interna de Europa) e os movimentos de resistencia europeus inspiraram os movimentos de resistencia nas ex-colonias onde o ser humano é constantemente menosprezado a partir de uma suposta superioridade europeia. De facto, a negritude nasce como ato de resistência e redescoberta das raízes culturais que foram destruídas daquele que se define epistemicídio, ou seja o genocídio do conhecimento levado a cabo pelos colonizadores, que assim submetem o mundo colonial à visão branca. O objectivo do meu trabalho é evidenciar como no desenvolver da narração, a identidade negra começa a valorizar-se e a reivindicar-se apesar das ameaças do povo branco, sobretudo a nível linguístico e cultural, criando assim aquela que podemos definir autoconsciência histórica.

Luandino Vieira, “Vidas Novas” Aspetos da narrativa pós-colonial em lingua portuguesa: textos e traduções Uma linguagem escondida durante a época colonial: tradução e análise

Libralesso, Erica
2021/2022

Abstract

Os oito contos que compõem o livro Vidas Novas são narrativas de caráter realista que descrevem o regime da ditatura salazarista, produzidas entre junho e julho de 1962 dentro do Pavilhão Prisional da PIDE, em Luanda, nos contextos iniciais da guerra pela independência de Angola. De facto, durante o período da Segunda Guerra Mundial começa a formar-se um pensamento anti-colonial, porque muitos povos tinham experenciado o que foi a guerra contra o fascismo (uma opressao interna de Europa) e os movimentos de resistencia europeus inspiraram os movimentos de resistencia nas ex-colonias onde o ser humano é constantemente menosprezado a partir de uma suposta superioridade europeia. De facto, a negritude nasce como ato de resistência e redescoberta das raízes culturais que foram destruídas daquele que se define epistemicídio, ou seja o genocídio do conhecimento levado a cabo pelos colonizadores, que assim submetem o mundo colonial à visão branca. O objectivo do meu trabalho é evidenciar como no desenvolver da narração, a identidade negra começa a valorizar-se e a reivindicar-se apesar das ameaças do povo branco, sobretudo a nível linguístico e cultural, criando assim aquela que podemos definir autoconsciência histórica.
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Utilizza questo identificativo per citare o creare un link a questo documento: https://hdl.handle.net/20.500.14247/9986